O lateral esquerdo do Real Madrid foi
um espectador atento do percurso do Benfica esta época e, Fábio Coentrão não
tem dúvidas sobre a capacidade de Jorge Jesus em colocar os encarnados de novo
na rota dos grandes palcos europeus.
«Por mim o Jesus ficava no Benfica
por muitos e muitos anos. Eu, como benfiquista, quero o melhor para o clube e
espero que ele fique lá muitos anos. É o treinador ideal para fazer um grande
trabalho. Por mim assinava um contrato vitalício com Jorge Jesus. Todos sabem
que o admiro muito, isso é um facto, mas acima de tudo sei da sua qualidade. É
o treinador ideal para treinar o Benfica e para levar o clube a ganhar títulos
e a estar em finais europeias», começou por dizer Fábio Coentrão.
«É verdade que não ganhou nenhuma
dessas competições e agora só resta a final da Taça de Portugal, mas chegou lá
e lutou pela vitória até ao fim. É verdade que não ganhou, mas podia ter ganho
as três competições, teve azar. Se formos a analisar bem, o Benfica não merecia
perder o campeonato. Foi a equipa mais regular e a que mais quis ganhar o
campeonato. Na final da Liga Europa, foi a melhor equipa. Teve mais remates,
mais posse de bola, criou mais oportunidades. Foi a melhor equipa ao longo dos
90 minutos, mas depois perdeu nos descontos. Foi uma tremenda injustiça e tanto
para o Benfica como para Jorge Jesus», acrescentou Fábio Coentrão.
«Fiquei muito triste. Foi complicado.
Contava que o Benfica iria ser campeão e depois também acreditava que iria
vencer a Liga Europa. Em Amesterdão o Benfica teve uma personalidade muito
grande. (…)
«Esta época o FC Porto ganhou o
campeonato, tudo bem, o que não deixa de ser importante, mas não fez uma boa
época. Estamos habituados a ver o FC Porto em bom nível, a ganhar campeonatos
com vários pontos de diferença ou até a ganhar o campeonato a jogar bom
futebol, assim como habituou a ir longe nas competições europeias. Este ano,
nem à final da Taça de Portugal foi. Ganhou o campeonato e há que dar os
parabéns ao FC Porto, mas não foi o FC Porto que costuma ser de há três ou
quatro anos», concluiu Fábio Coentrão.